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Design Thinking – Um Conceito a ser adotado!


Todos nós sabemos que o desenvolvimento de produtos vem se tornado um dos processos-chave ligados a competitividade na manufatura de produtos.

A idéia de inovação remete à transformação da vida do consumidor. Criar produtos e serviços que ofereçam experiências novas, é o caminho mais acertado para o mercado atual.

Com o aumento da concorrência da atualidade, rápidas mudanças tecnológicas, e claro uma maior exigência por parte de consumidores, aliado a mudança comportamental dos mesmos, vem exigindo por parte das empresas, algo desafiador - AGILIDADE.

Mas o fato é que estamos diante hoje, de um ciclo de vida de produtos bem reduzido imposto pela nova realidade.

Sabemos que a produtividade e alta qualidade também fazem parte desde contexto, mas estas dependem necessariamente da eficiência e eficácia das empresas neste contexto.

A inovação tornou-se requisito fundamental, e inovação nada tem a ver com invenção. É preciso compreender que é possível inventarmos produtos, processos, mercados e até mesmo modelos de negócio, mas saber que para eles se tornarem uma inovação, eles precisam ser integrados ao meio social, ou seja, colocar a descoberta no mercado, para que o consumidor experimente a idéia. Somente assim haverá uma inovação de fato e com certa garantia de sucesso.

Obviamente que é preciso antes, entendermos melhor esse conceito relacionado ao termo inovar, estudarmos um pouco mais a fundo alguns preceitos básicos do design.

Infelizmente aqui no Brasil, pouco se respeita a metodologia adequada no processo de desenvolvimento de novos produtos. Isso porque, a indústria moveleira em especial, pouco investe nessa área. Vendo esse processo como custo e não beneficio. Prova desse fato, é a forma despreparada como são efetuados os desenvolvimentos nesse setor.

Me refiro à isso, em decorrencia do fato de que grande parte das indústrias, relutam ainda em compreender que os Designers são co-responsáveis pela criação e manutenção da cultura de consumo e muitas indústrias ainda não dão o devido valor a esse fato.

Uma coisa é certa, o fabricante que não for capaz nos dias de hoje, de fazer uso das ferramentas adequadas no processo de desenvolvimento de produtos e se movimentar com rapidez suficiente nesse novo modelo de negócios, comprometerá sua posição no mercado de consumo.

Uma pesquisa muito interessante, a qual foi efetuada pela Harvard & MIT- “Seis mitos do desenvolvimento de produtos”- 2012, aborda as dificuldades existentes nas organizações quanto a esse processo.

No final da década de 80 e início dos 90 foram desenvolvidos por pessoas ligadas a Harvard e ao MIT importantes projetos de pesquisa relacionados com a manufatura enxuta e a gestão do processo de desenvolvimento de produto. Estes primeiros trabalhos, puramente analíticos, tornaram-se clássicos e comumente referenciados na literatura sobre desenvolvimento de produto (CLARK & FUJIMOTO, 1991 e WOMACK, JONES & ROSS, 1994) e geraram muitos dos conceitos aplicados nesta área. Os conceitos gerados nesta pesquisa têm um escopo de aplicação mais amplo que uma abordagem específica. Eles são atualmente empregados por grande parte das pessoas que estudam e trabalham com o desenvolvimento de produto e, por isso têm uma importância por si próprios dentro desta área. Eles foram também a base de uma abordagem para gerenciar este processo, que é apresentada nos livros de CLARK & WHEELWRIGHT (1993a e b). Nesta abordagem os autores dividem o processo de desenvolvimento de produto em três etapas maiores: Estratégia de Desenvolvimento (onde apresenta uma estrutura para o planejamento e gerenciamento do portfólio dos projetos em andamento); Gerenciamento do Projeto Específico (abordando o gerenciamento, liderança, tipos de interação entre atividades e outros assuntos relacionados com um projeto específico); Aprendizagem (apresentando formas para garantir a melhoria do processo e a aprendizagem organizacional a partir da experiência com o projeto).

Vamos relembrar alguns conceitos primordiais sobre o tema - Para BAXTER(1998), o desenvolvimento de novos produtos passa necessariamente pela leitura do mercado e pela constante inovação como fator de sucesso das organizações. Com o advento da globalização a economia depende de empresas competindo entre si, cada uma buscando aumentar sua participação no mercado. As empresas precisam introduzir continuamente novos produtos, para impedir que outras empresas mais agressivas acabem abocanhando parte de sua fatia de mercado.

Um dado bem interessante é o questionamento que Patterson e Fenoglio (1999), apresentam.

São estes, questionamentos que alinham o PDP(Processo de Desenvolvimento de Produto) ao planejamento estratégico de uma empresa. Trata-se de perguntas simples, más que sem elas, o PDP não surte efeito algum no mercado.

Vamos a elas:

- Quais estratégias de produto melhor capturarão as oportunidades de mercado e criarão vantagens competitivas?

- Como podem ser mais bem usadas pela empresa as suas competências? De quais novas competências a empresa necessita?

- Qual família de produtos e serviços melhor atingira os objetivos estratégicos?

Esse questionamento de Patterson e Fenoglio, nos remete a uma pergunta bem simples:

Quantas indústrias moveleiras praticam esse preceito?

De acordo com VIANNA (2012), a inovação guiada pelo design veio complementar a visão do mercado de que, para inovar, é preciso focar no desenvolvimento ou integração de novas tecnologias e introduzir novos significados aos produtos, serviços e relacionamentos. Ao desafiar os padrões de pensamento, comportamento e de sentimento , podemos produzir soluções que geram novos significados e que estimulam os diversos aspectos envolvidos na experiência humana. Daí o surgimento do “design thinkers” que é uma forma de abordagem tomada do campo do design e adaptada às empresas e corporações. Literalmente, o termo significa “pensamento do design”, ou pensar como designer.

Segundo o livro “Design Thinking - Inovação em Negócios”, pensar como designer é abduzir o design para além da estética de produtos ou serviços, enquanto tipo de conhecimento, ele tem como objetivo a promoção do bem-estar na vida das pessoas, ponto forte no mercado de hoje. O apoderamento desse conceito, e sua aplicação no mundo dos negócios, tem a ver com inovação. A percepção do designer do mundo e pessoas ao redor é o que gestores buscam como forma de expandir horizontes na hora de criar projetos e executar tarefas.

Vamos deixar claro a importância de adotarmos o Design Thinkers como estratégia na atualidade, pois de acordo com Fascioni (2011), Design Thinking não exige investimentos altos, pois a filosofia em si é simples.

Baseia-se na geração de idéias com variação cega (sem juízo do valor), experimentação, prototipagem rápida e barata e interação com os clientes no processo de co-criação. Basicamente, o custo maior é treinar o pessoal no uso das ferramentas e permitir que a equipe explore as possibilidades criativas. O investimento é baixo em relação aos benefícios que a empresa pode obter.

Segundo Balem (2011), o designer thinkers é um inovador que vai a campo, observa, questiona e ouve o mundo ao seu redor. São capazes de analisar inúmeras possibilidades antes de focar em apenas uma, isso o leva a um grande estímulo, gerando soluções totalmente inovadoras.

Logo, podemos perceber o quanto as empresas precisaram passar por mudanças, acordar para a nova realidade dos fatos.

O grande desafio do Design Thinking dentro da realidade, esta em responder de maneira criativa a essas necessidades e desejos do consumidor de hoje, priorizado através de trabalho cooperado entre equipes multidisciplinares.

As Bases do Design Thinking são:

A Empatia – Que significa colocar-se no lugar do outro, para entender melhor seus sentimentos, seu comportamento e seus desejos.

A Experimentação – Que é a importância de experimentar idéias e arriscar-se nelas, pois isso permite descobrir caminhos inusitados mesmo cometendo erros.

A Prototipação - Que significa criar modelos do que será o produto ou serviço, visando assim avaliar se é ele é viável, desejável e praticável. É concretizar idéias, para que outras pessoas tenham condições de ver, criticar e contribuir. Prototipar é usar a criatividade para transformar desafios em oportunidades.

O Design Thinking é centrado no ser humano, altamente colaborativo, experimental, otimista e visual.

Contudo, é preciso acreditar que é possivel fazer a diferença, desenvolvendo um processo intencional para chegar ao novo, impactar positivamente as pessoas e criar soluções de negócio inovadoras.

O marketing 2.0, citado pelo papa do marketing Philip Kotler, já apontava para essa realidade quando pregava que a compra dava-se pela emoção e o 3.0, diz claramente que as empresas precisam identificar as necessidades e desejos do seu publico sendo capaz de orientar suas mentes, corações e espíritos.

Estamos diante um novo paradigma ao qual, deverá ser absorvido rapidamente por gestores ligados a área de desenvolvimento de novos produtos nas empresas, para que assim as mesmas estejam preparadas para a retomada esperada do mercado.

A aplicação do Design Thinking, significa produzir questionamentos intermináveis procurando a melhor forma de criarmos o novo, descobrindo o inexplorado e almejando obter algo que seja realmente funcional, encantador ao olhos hávidos do consumidor.

Inovar é criar valor e exige a busca constânte de algo ainda inexistente.

Pensem nisso!....

Adélia Covre


 
 
 

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